sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Doces Bárbaros


Lá pela década de 70, nasceu o grupo Doces Bárbaros, composto por nada mais nada menos do que Gilberto Gil, Maria Bethânia, Caetano Veloso e Gal Costa. O propósito do conjunto era celebrar os 10 anos de carreira solo de seus componentes. Não havia jeito melhor de comemorar todo esse amor e talento se não fosse sob a forma de shows, discos e de um brilhantíssimo documentário mostrando a vida desses artistas iluminados.
Doces Bárbaros era um negócio meio puxado para o lado hippie, mas com aquele gostinho baiano, incorporando nossa brasilidade. 


O disco foi lançado em 1976 e impressionou a galerinha da época... O conjunto foi duramente criticado, talvez pelo lance "meio hippie", mas isso não importa, pois eu amei (haha)... Doces Bárbaros caracteriza-se como uma preciosidade, uma verdadeira obra-prima da nossa música brasileira e vale a pena dá uma olhadinha! 


O vídeo abaixo é da canção "O Seu Amor", umas das minhas preferidas *-*

http://www.youtube.com/watch?v=pZ2UYfVbiPw&feature=results_video&playnext=1&list=PL9B21028A3DCDC00B


Faixas do cd aê (deem uma escutadinha, vai, vai!) :
http://www.galcosta.com.br/sec_discografia_view.php?id=11



quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Cartola - O Eterno



Angenor de Oliveira, mais conhecido como Cartola, foi um dos grandes sambistas que já existiu por nossas terras tupiniquins. Nasceu no rio de Janeiro, em 11 de outubro de 1908 e foi o fundador da escola de samba Estação Primeira de Mangueira. Quando Cartola tinha 15 anos, sua mãe faleceu, com isso ele abandonou os estudos e arranjou trabalho de servente. 
Cartola usava um chapeuzinho coco para se proteger do cimento que caía das construções. daí vem o apelido. Ele foi um verdadeiro poeta, compunha e tocava canções belíssimas, cheias de emoção, cantou as alegrias e tristezas do Samba.
Após a morte de sua mãe, ele vivia às desavenças com seu pai, que não aguentando as brigas com o filho, acabou expulsando Cartola de casa, aos 17 anos de idade. Então por um período levou uma vida de boemia, 'visitava' casa de prostitutas (contraiu até doenças venéreas), vivia nas ruas, nos bancos de praça e até envolveu-se com uma mulher casada, chamada Deolinda. Acabaram fugindo do marido de Deolinda e indo morar juntos num barraco (barraco em que até Noel Rosa abrigou-se por um tempo!). A partir daí, Cartola foi "descoberto" lá pelo morro que vivia e o Brasil pôde ver o talento que nele existia. Lá pela década de 30, seus sambas se popularizaram e as canções de Cartola foram cantadas por muitas feras como Carmem Miranda, Sílvio Caldas entre muitos outros. Mas um tempo depois, Cartola desapareceu e nada sabíasse de seu paradeiro. Aconteceu vários fatos ruins em sua vida naquele período, como a morte de sua esposa, desentendimentos com seus amigos da Escola de Samba da Mangueira e uma possível meningite que teria contraído.
Em 1956, o sambista foi reencontrado pelo jornalista Sérgio Porto, trabalhando como lavador de carros em Ipanema (pasmem!).


Cartola e Zica

Depois daí Cartola voltou às atenções do público, casou-se novamente (Dona Zica) e com sua nova esposa até fundou um "restaurante musical". O restaurante tinha uma comidinha de qualidade, pois Zica era cozinheira de mão cheia e Cartola promovia diversos encontros com os sambistas e artistas da época no local. O restaurante Zicartola foi um dos grandes points dos consagradíssimos sambistas-poetas de nossa história. Cartola viveu o resto de seus dias com Zica, mas nunca teve nenhum filho com ela. Cartola faleceu aos 72 anos, vítima do câncer. Três dias antes de morrer, Carlos Drummond de Andrade ofereceu a última homenagem que Cartola receberia em vida: uma comovente crônica que foi dedicada ao sambista no Jornal do Brasil.  Seu corpo foi velado na Primeira Estação da Mangueira, contando com a presença de vários intelectuais, políticos e muitos amigos do samba, grandes nomes da nossa música, como Clara Nunes, umas das grandes amigas de Cartola.


Cartola influenciou grandes artistas consagrados (como Cazuza) e embora tenha falecido no século passado, sua arte não consegue passar despercebida, seu violão, voz e melancolia nos revela um artista cheio de talento e sensibilidade. Cartola, meu eterno poeta! 




Vídeo da canção "O Mundo é um Moinho", direto do túnel do tempo :D
http://www.youtube.com/watch?v=L8U1Y9PBfig&feature=related

"A sorrir pretendo levar a vida"

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Roberta Campos


Roberta Campos rima com doçura, talento, graciosidade e com todos os adjetivos mais sublimes que existir em nossa gramática. Podemos denominá-la como um dos ícones de um estilo musical que chamamos de Nova MPB. Em 2004, Roberta saiu de Minas e mudou-se para São Paulo, onde  mora até hoje. Lá, em 2008, produziu (SOZINHA!) o seu primeiro disco "Para Aquelas Perguntas Tortas". Ela gravou as músicas na sala do seu próprio apartamento e mandou o trabalho pra Rádio Nova e... a sua obra prima encantou a todos, é claro! A DeckDisc acabou contratando-a e em 2010, a mineirinha gravou seu segundo disco "Varrendo a Lua" com boas novidades, como a participação especial de Nando Reis na canção "De Janeiro a Janeiro" e novos instrumentos implementados nas canções que já haviam sido gravadas no primeiro cd. 
Particularmente, prefiro o primeiro cd de Roberta, pois achei uma coisa mais artesanal, mais simples, valorizando mais sua voz e violão... Aquela coisinha mais intimista que quando a gente escuta dá aquela dorzinha bem boa no coração, sabe?  *-* 
Mas o que mais me deixa feliz é saber que nossa MPB não está morta, e que temos sim, novos artistas que nos enchem de orgulho e talento e nos dão a certeza de que nossa música é boa, tem qualidade, conteúdo e profissionalismo! Salve, salve, minha Robertinha e tantos outros nomes da nossa Nova MPB! 




Canção "Aqui, Ali", lindíssima! Confiram!
http://www.youtube.com/watch?v=HprOoyggqCM

O vídeo abaixo é clipe/versão (que eu mais gosto) da canção "Varrendo a Lua", o violão de corda de aço é mais valorizado, sem falar da belíssima voz de Roberta, minha diva! *-*
http://www.youtube.com/watch?v=qKKbao5-LB4&feature=related


Clipe da canção "Eu"
http://www.youtube.com/watch?v=3OGP2aoKbiA&feature=related


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Mambembe



Nesse vídeo, Chico Buarque de Hollanda e Roberta Sá cantam a canção "Mambembe", de autoria do próprio Chiquito. 
No vídeo, Chico, como sempre, SEDUZINDO! Sem falar da dulcíssima voz, BELEZA e talento, de Roberta Sá, é claro *-* Haha, confiram o link abaixo! 


http://www.youtube.com/watch?v=u0-iovg0mq4


* Ó a letra aí:


No palco, na praça, no cirço, num banco de jardim
Correndo no escuro, pichado no muro
Você vai saber de mim
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte
Cantando
Por baixo da terra
Cantando
Na boca do povo
Cantando
Mendigo, malandro, muleque, mulambo bem ou mal
Cantando
Escravo fugido, um louco varrido
Vou fazer meu festival
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte
Cantando
Por baixo da terra
Cantando
Na boca do povo
Cantando
Poeta, palhaço, pirata, corisco, errante judeu
Cantando
Dormindo na estrada, do nada, no nada
E esse mundo é todo meu
Mambembe, cigano
Debaixo da ponte
Cantando
Por baixo da terra
Cantando
Na boca do povo
Cantando







quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Hum...berto!


Para quem não sabe, Humberto Gessinger é meu artista preferido. Ele é guitarrista, baixista, vocalista e o grande líder do Engenheiros do Hawaii, uma banda de pop rock que nasceu no finzinho dos anos 80.  Gaúcho, descendente de alemães e italianos, ele é super fanático pelo Grêmio. Cursou a faculdade de Arquitetura no Rio Grande do Sul, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É casado com a arquiteta Adriane Sesti (ela foi uma antiga colega na escola e na faculdade), com quem teve sua primeira e única filha, Clara Gessinger, a 'Parabólica'. 

Por volta de 1986, Humberto gravou com a banda seu primeiro disco, titulado "Longe Demais das Capitais". 

De lá pra cá, gravaram dezoito discos: 


> 1986: Longe Demais das Capitais
> 1987: A Revolta dos Dândis
> 1988: Ouça o que Eu Digo, Não Ouça Ninguém
> 1989: Alívio Imediato
> 1990: O Papa é Pop
> 1991: Várias Variáveis
> 1992: Gessinger, Licks & Maltz
> 1993: Filmes de Guerra, Canções de Amor
> 1995: Simples de Coração
> 1996: Humberto Gessinger Trio
> 1997: Minuano
> 1999: !Tchau Radar!
> 2000: 10.000 Destinos
> 2001: 10.001 Destinos
> 2002: Surfando Karmas & DNA
> 2003: Dançando no Campo Minado
> 2004: Acústico MTV
> 2007: Novos Horizontes

Carlos Maltz foi por muito tempo o baterista da banda (permaneceu na banda de 1986 a 1996) e Augusto Licks (ficou na banda de 1987 a 1994) entrou no lugar de Marcelo Pitz (aí Humberto passou a ser baixista e Licks foi pra guitarra). 
Gessinger, Licks e Maltz (GLM) eternizaram Engenheiros do Hawaii como uma das melhores bandas do rock brasileiro dos anos 80. Desde 1986, a banda teve diversos outros membros, mas Gessinger foi o único que permaneceu na banda desde 1986. Esses caras marcaram nosso país com sucessos incríveis, com letras de conteúdo, notável talento, coisa que não vemos muito nos dias atuais...


Em 1992, Humberto compôs a canção "Parabólica" para homenagear sua filha, Clara. Com o nascimento da pequena, o loiro deixou um pouco a banda de lado e foi viver a vocação paterna, mas um tempo depois a banda voltou com todo o vigor. Depois de 2007, Humberto iniciou um novo projeto com um carinha chamado Duca Leindecker. Duca era vocalista de Cidadão Quem, uma banda gaúcha, também de Pop Rock. Em 2008, ambos deram um tempo em suas bandas e iniciaram um novo projeto: "Pouca Vogal". Pouca Vogal está na ativa e mostra a maturidade de Humberto, com novas composições, mas com o talento de sempre.
Se eu for falar mais sobre Humberto, passarei dias e mais dias aqui, portanto confiram o link abaixo e não deixem de apreciar a trajetória desse cara incrível!
E aqui vai o link da música Parabólica, esse é o clipe mais fofo do mundo! *-*


Engenheiros do Hawaii embalou os sonhos daquela juventude do passado e hoje embala os meus também. Realmente, não se fazem mais cantores como antigamente. 

Maltz, Gessinger e Licks: a melhor formação de Enghaw



terça-feira, 20 de setembro de 2011

Post I



Olá, pessoas! Sou uma grande admiradora da cultura musical do nosso país e carrego no peito o orgulho de fazer parte do povo nordestino. Somos brasileiros, filhos de uma nação riquíssima, cheia de vida e criatividade.
E em nome desse desmedido amor, criei o Cantarolaando com a finalidade de mostrar a vocês um pouco sobre a vida e obra de artistas que dão um gostinho bem especial à nossa feijoada musical. Temos artistas incríveis aqui dentro do país e muitas vezes eles não obtêm a notoriedade merecida. Isso me entristece. Nada contra a música internacional e tal, obviamente há grandes talentos fora e como há! Mas eu, Amanda Grazielle Gomes Luiz, não trocaria minha boa e velha MPB por nada neste mundo... 
Aqui postarei letras de músicas, biografias, vídeos e todas as loucuras que pintarem na minha cabeça. 


Espero que gostem do que vem por aí! Sigam-me! <3